Viajar duas horas de carro é fichinha pra um brasileiro, mas uma distância considerável nos padrões ingleses - levando em conta que a área da Inglaterra é menor que do Acre. Pra entrar no clima de se estar quase atravessando o país, vestimos roupas confortáveis e paramos na metade do caminho pra esticar as pernas, fazer xixi e tomar um café.
Chegamos em Birmingham meio-dia e almoçamos no hotel o lanche que trouxemos de casa. Comer fora aqui é caro e nem sempre bom. Sendo assim, quando possível, evitamos vagar pelas ruas atrás de um restaurante - principalmente de barriga vazia. Afinal, a fome é inimiga do bom humor.
Birmingham é a segunda maior cidade do Reino Unido, com mais de 1 milhão de habitantes. Não vi muita diferença de outras metrópoles: carros, avenidas, prédios e gente (muita gente!). À tarde passeamos pelo centro numa feira alemã de natal, como a de Bristol só que cinco vezes maior, e à noite fomos no show que a Alice tanto queria.
O tempo estava frio e chuvoso - o suficiente pra fortalecer a gripe que sondava a família. No sábado, a Nina acordou com o nariz entupido e eu com a garganta arranhando. Tentamos fingir que era só um resfriadinho, mas, no final da manhã, meus olhos pesavam e a Nina desfalecia pelos cantos. E foi assim que nossa viagem de dois dias virou de um dia só.
Voltamos pra Bristol na mesma tarde. No carro, dormi tão pesado que acordei com o pescoço todo dolorido e com a sensação de ter viajado o país inteiro. "Como é bom estar de volta!", exclamou minha mãe assim que chegamos em casa - apenas um dia depois de termos saído. É, acho que não teremos dificuldade em nos adaptarmos aos padrões ingleses. ;)
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