29.8.13

depois de formada







Essas fotos são da minha colação de grau - há mais de um ano!

Apesar de ter sido um dia maravilhoso, confesso que não dei muita bola. Escolhi meu vestido minutos antes e meus únicos convidados eram a minha família e o Dudu. Não contratei fotógrafo, não fiz festa, não fui ao cabeleireiro, não estourei champanhe. Estava mais feliz por estar ali com as pessoas que amo, do que por ser minha formatura.

Na hora, até me questionei de onde vinha aquele sentimento. Talvez porque na minha família não temos o costume de grandes comemorações? Talvez porque fui uma das últimas dos meus colegas a terminar o curso? Ou porque entreguei o TCC quatro meses antes e o calor do momento já tinha passado?

Hoje penso diferente: não quis fazer daquele dia muito importante porque não gostava do seu significado. Desde que entrei na faculdade, evitava pensar na formatura. Minha mania de sofrer por antecipação culminava no dia em que oficialmente sairia da confortável posição de estudante. Tinha receio de não ser uma profissional boa o suficiente, de não encontrar um emprego que gostasse, de ser velha demais. Estava perdida e assustada com o que viria pela frente.

Se soubesse que tudo ia ficar bem...

Ainda não tenho uma carreira de sucesso e nem a certeza do que quero fazer com a minha vida. Mas estou feliz e confiante. E foi só quando aceitei que não precisava ter tudo solucionado, que tive tranquilidade pra seguir em frente. É impressionante o quanto as coisas acontecem quando estamos abertos pra elas. :)

27.8.13

sábado aqui em casa









Sábado fizemos um almoço aqui em casa - tínhamos muito o que comemorar. Naquela semana, foi aniversário de dois amigos e outros dois foram aprovados no TCC (incluindo o Dudu!).

Entre preparar a comida e comer, quase não tive tempo pra fotografar. Surpresa boa quando peguei a câmera e vi que fizeram isso por mim. Algumas das fotos aí de cima não faço ideia de quem tirou. Sorte que tenho amigos talentosos. :)

14.8.13

ajuda no frio


No dia mais frio do ano, eu e o Dudu acordamos antes das cinco da manhã. Sabíamos que ia ser difícil levantar tão cedo, mas o ar gelado nos fazia querer deixar a cama ainda menos. Trocamos de roupa embaixo do cobertor, tomamos uma xícara de café e vestimos algumas camadas de casacos. Saímos de casa e o sol nem ensaiava aparecer.

No centro da cidade, o silêncio era profundo - os festeiros já tinham ido embora e os passarinhos ainda dormiam. Quando chegamos ao local combinado, nossos amigos estavam lá, descarregando as peças do caminhão. O André - idealizador do evento que íamos ajudar a montar - tinha tudo perfeitamente planejado. Dadas as instruções, o processo foi tranquilo e descontraído: risadas e conversas entre parafusos e martelos.

A estrutura ficou pronta às oito da manhã, mas só ganhou vida às seis da tarde - quando, de lá de dentro, quatro instrumentistas faziam música às ordens do público. Uma chuva nos pegou de surpresa, mas não o suficiente pra arruinar o sucesso da intervenção. Com o fim do expediente, o fluxo de pessoas era cada vez maior - muitas paravam pra assistir e participar, algumas olhavam curiosas, e outras só queriam correr pra um lugar quente e seco.

Depois de mais de uma hora de som, eu e o Dudu fomos pra casa. Sem nem jantar, nos jogamos na cama exaustos - porém ansiosos pra fazer tudo outra vez. De preferência numa noite de verão.

Confira aqui o vídeo do evento. Vale a pena! :)

















9.8.13

o presente


As últimas três semanas foram, provavelmente, as mais desocupadas da minha vida - nem aos 15 anos tive tão poucos compromissos. Enquanto espero ser chamada pra um emprego, o Dudu passa incontáveis horas fazendo seu TCC. Tem vezes que o mais longe que vamos é até a praia no fim da rua. Ainda assim, me mantenho em constante movimento e acordo todos os dias cheia de planos e energia.

Tirando o choque inicial, me adaptei à vida no Brasil com naturalidade. Estar com o Dudu tornou tudo mais leve e divertido. Tive medo que o tempo que passei na Inglaterra nos distanciasse, mas foi justamente o contrário - nesses oito anos juntos, nunca estive tão apaixonada. A gente se ajuda, se respeita, se entende e somos companheiros acima de tudo.

Tenho passado horas cozinhando e isso me dá imenso prazer. Fico ansiosa pra testar novas receitas, e comprar comida virou uma diversão. Aos poucos descubro diferentes gostos e combinações e aprendo a ser menos atrapalhada na cozinha. Faz tempo que não me corto, nem me queimo ou derrubo o saco de arroz no chão - apesar que ontem coloquei fogo num pano de prato...

Quase todos os dias, tenho longas conversas pelo Skype com a minha família. Eles contam as novidades, perguntam de mim, fazem gracinhas e mandam beijos. Por alguns minutos, até esqueço que estamos tão longe. Quando o coração dói de saudades, digo pra mim mesma que o amor não tem distâncias e que não demora pra gente se reencontrar.

Esse último ano me fez mais feliz que podia imaginar. Os laços que criei com os meus pais, minhas irmãs e o Dudu me mostraram o que realmente importa. Pela primeira vez em muito tempo, já não anseio o futuro - estou completa no presente. :)